Passar sufoco em dieta Plant Based? Nada disso. Bárbara Passaretti dá as dicas para uma mudança suave e muito gostosa.
A menina dos Patos.
Conhecer alguém que fez alguma coisa que a gente gostaria de fazer, mas tem medo por algum motivo, sempre dá uma coragem extra para arriscar. Muitas vezes, é através de uma boa história real que a gente encontra a motivação necessária para mudar. E esse é o objetivo dessa nova coluna Incrível!: mostrar que pequenas (ou grandes) mudanças fazem muito bem para você.
Nosso papo de hoje é com Bárbara Passaretti, uma garota de 26 anos apaixonada por comunicação, que divide seu tempo entre o marketing e a música. A Bárbara vem de uma família com hábitos alimentares suuuper tradicionais aqui no Brasil (que incluem carnes, laticínios e/ou ovos em todas as refeições) e iniciou sua jornada rumo a uma alimentação mais vegetal quando menos esperava. Segundo ela, “se eu trilhei esse caminho, qualquer pessoa pode!”
1. Apesar dessa tomada de consciência, você ainda alterna sua alimentação entre plant-based e outras linhas. Qual é a sensação que prevalece quando você escolhe vegetais?
Hoje em dia tem se tornado cada vez mais raro comer carnes. O que mais acontece mesmo são os laticínios e ovos (principalmente em preparações). Tenho algumas ferramentas que me fazem entrar com mais vontade nos ciclos 100% vegetal como por exemplo documentários, entrevistas e livros. De tempos em tempos, me aprofundo em algum material novo e entro em um período mais focado na minha alimentação, sabe? Sinto que a cada ciclo que inicio fico ainda mais próxima de uma alimentação totalmente vegetal e volto sempre diferente para os momentos de flexitarianismo. Sempre que escolho o universo vegetal para me alimentar é uma sensação deliciosa de inteireza. Fora que sinto meu corpo muito mais leve e minha digestão, mais fluida.
2. E teve alguma preparação, que tradicionalmente levava algo de origem animal, mas que você se apaixonou ainda mais pela releitura vegetal?
Várias! As principais, que não troco nunca mais, é o estrogonofe – que agora faço com base de creme de castanhas ou tofu e diversifico o lugar da carne animal entre cogumelos, palmito, brócolis, carne vegetal etc. Tem também os empanados de frango, que passei a comprar da Incrível! E, sinceramente, não tem pra ninguém, ainda mais com um purezinho de batatas e ketchup, socorro que delícia! Além disso, o leite e manteiga, que troquei os convencionais por vegetais e sou bem, mas beeem mais feliz com eles.
“Não se cobre tanto, permita-se provar, faça uma listinha de restaurantes plant-based e encare tudo isso como um passeio, uma experimentação.”
3. Mudança pode ser difícil e carregada de inseguranças. Teve alguma coisa que você achou que seria uma dureza e, na prática, foi bem mais fácil?
Opa, teve sim! Eu sinto que precisava de coragem pra encarar os ingredientes vegetais, sabe? Mas isso tem mudado muito: comecei a seguir pessoas nas redes sociais que dão dicas simples e trazem receitas veganas fáceis. O que mais me chamou atenção sobre facilidade, depois de meses com medo de tentar, foi o molho branco de tofu ou de castanhas: eu adoro molho branco e ficava nessa crença de que talvez fosse algo que eu nunca conseguiria passar pro vegetal, até que um dia (com a ajuda de uma amiga cozinheira plant-based pelo whatsapp haha) eu tomei coragem de colocar um pedação de tofu no liquidificador com limão, azeite, sal, levedura nutricional, um pouquinho de alho e ir batendo e adicionando água até chegar na textura que eu queria e PLIM! Me senti uma baita cozinheira habilidosa e agora não largo mais esse curinga culinário.
4. Qual conselho você daria para quem está cogitando entrar no flexitarianismo?
Cara, só vai! Não se cobre tanto, permita-se provar, faça uma listinha de restaurantes veganos e encare tudo isso como um passeio, uma experimentação. É super legal e pode ser leve, sim!
5. Qual conselho você daria para quem está cogitando entrar no flexitarianismo?
Cara, só vai! Não se cobre tanto, permita-se provar, faça uma listinha de restaurantes veganos e encare tudo isso como um passeio, uma experimentação. É super legal e pode ser leve, sim!
5. Hoje em dia, o que não pode faltar na sua geladeira?
A grande sacada da alimentação plant-based – de todas na verdade, né? – é saber temperar, utilizar as texturas e os aromas a favor do que o seu paladar busca. Hoje, uso todos os dias missô, levedura nutricional, vinagre de maçã, tofu e gengibre raladinho para os refogados. Minha cozinha nunca mais foi monótona e eu amo isso!